Causas e Tratamentos
A Epilepsia é uma condição neurológica comum durante a infância, afetando aproximadamente 5% das crianças. Esse transtorno é caracterizado por crises convulsivas que podem ter diferentes origens e manifestações, variando de episódios leves e momentâneos até crises mais graves que exigem intervenção médica imediata. É essencial que os pais e cuidadores estejam cientes das causas e dos tratamentos disponíveis para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável da criança.
Na primeira crise é importante atendimento médico imediato pois as causas variam de benignas – que não exigem tratamento específico – até casos que requerem exames e medicações imediatos. Em alguns casos, a condição pode ser desencadeada por febres altas, conhecidas como convulsões febris, que são benignas e costumam desaparecer com o crescimento da criança. Outras causas incluem distúrbios metabólicos, como hipoglicemia (níveis baixos de açúcar no sangue), traumas cranianos, infecções do sistema nervoso central (como meningite ou encefalite), intoxicações e doenças neurológicas congênitas ou adquiridas. É fundamental identificar a causa subjacente para escolher o tratamento mais adequado e garantir o controle eficaz das crises.
Cerca de 80% das crianças com Epilepsia conseguem controlar suas crises através do uso de medicamentos antiepilépticos. Com o tratamento correto e o acompanhamento de um neuropediatra, muitas crianças com Epilepsia podem levar uma vida normal, participando de atividades escolares, sociais e recreativas sem grandes restrições. O sucesso do tratamento depende da regularidade na administração dos medicamentos e do monitoramento médico constante para ajustar doses e acompanhar a evolução da condição.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e danos neurológicos associados às crises não controladas.
Quando a Epilepsia é devidamente tratada, é possível minimizar os riscos e permitir que a criança alcance um desenvolvimento adequado e saudável. O tratamento envolve não apenas o uso de medicações, mas também a orientação e o apoio dos pais e cuidadores para que entendam a condição e saibam como lidar com as crises quando ocorrem. A educação sobre primeiros socorros em caso de convulsão, por exemplo, é essencial para garantir a segurança da criança.
O Que Fazer Durante uma Crise Convulsiva:
- Manter a Calma: Embora seja uma situação assustadora, é crucial que os pais mantenham a calma para agir corretamente.
- Colocar a Criança em local seguro: Deite a criança suavemente no chão ou em uma superfície segura, para evitar quedas ou lesões.
- Afaste objetos Perigosos: Afaste qualquer objeto ao redor que possa causar ferimentos, como móveis, brinquedos, ou objetos pontiagudos.
- Coloque a Criança de lado: Posicione a criança de lado para evitar que ela engasgue com saliva ou vômito. Essa posição também ajuda a manter as vias aéreas desobstruídas.
- Proteja a Cabeça: Coloque algo macio sob a cabeça da criança, como uma almofada ou uma peça de roupa dobrada, para evitar que ela se machuque.
O Que Não Fazer Durante a Crise:
- Não coloque nada na Boca da Criança: Existe o mito de que a criança pode engolir a língua durante uma convulsão, mas isso não é verdade. A língua não pode ser engolida. Tentar colocar objetos ou os dedos na boca pode causar ferimentos ou quebrar dentes, além de ser perigoso para quem está ajudando.
- Não Segure a Criança: Não tente imobilizar a criança ou interromper os movimentos convulsivos, pois isso pode causar mais lesões. Deixe que a crise termine naturalmente.
- Não dê Líquidos ou Medicamentos: Não tente administrar líquidos ou medicamentos enquanto a criança está em convulsão. Aguarde até que a crise termine e a criança esteja consciente e calma para qualquer intervenção.
Após a Crise:
- Procure ajuda Médica: Se for a primeira crise, a convulsão durar mais de 5 minutos ou se a criança não recuperar a consciência, procure atendimento médico imediatamente.
Além do tratamento medicamentoso, existem outras abordagens que podem complementar o cuidado das crianças com Epilepsia. Mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma dieta equilibrada e a prática de atividades físicas seguras, podem contribuir para a melhora da saúde geral da criança e para a prevenção de crises. Em casos mais graves ou resistentes ao tratamento medicamentoso, o neuropediatra pode avaliar outras opções, como a cirurgia ou o uso de dispositivos que ajudam a controlar as crises.
Não subestime a importância do tratamento da Epilepsia Infantil. Se você suspeitar que seu filho está apresentando sinais de crises convulsivas, procure um especialista em Neuropediatria como a Dra. Laurize Zanette para uma avaliação detalhada. O tratamento precoce e adequado é a chave para garantir que a criança tenha uma vida plena e saudável, alcançando todo o seu potencial de desenvolvimento.